Recentemente,  com a divulgação dos últimos ataques ao piso salarial nacional dos  bombeiros e policiais, por parte do governo federal e de alguns governos  estaduais, a exemplo dos governadores do PSDB (os deputados do PSDB são  a favor da PEC 300), e, especialmente, de alguns membros da base  governista do Governo Dilma, verifico que há uma guerra declarada contra  o restabelecimento da dignidade dos trabalhadores da segurança pública  brasileiros. E isso acontece sem nenhum escrúpulo nem decência. A ética  foi para o lixo. Vale a máxima do argumento rasteiro, desprovido de  qualquer base fundamentada.
Leio  as últimas matérias relacionadas a essas ofensas à PEC 300 e penso que  os políticos que assinam essas notas ou dão entrevistas nesse sentido,  não devem compreender o sentido da palavra caráter. Aparentemente não  possuem essa dádiva celestial comum aos nobres heróis anônimos  brasileiros. Agora, vendo a iminência da aprovação em segundo turno da  PEC da dignidade, esses algozes de plantão, mercenários da política  nacional, apregoam que aprovar a PEC 300 causaria uma insegurança  orçamentária nos governos estaduais e no caixa do governo federal.
Até  mesmo, em entrevista a um jornal televisivo, o presidente da Câmara dos  Deputados, Marco Maia (PT/RS) foi contundente afirmando da precaução em  aprovar o piso, sem citar de onde virão os recurso para a  complementação salarial. Age com inconsequência esse parlamentar,  principalmente porque em um passado curto, esse mesmo congressista não  somente votou pela aprovação da PEC 300 como também, para que fosse  alçado à condição de Presidente da Câmara, veio pedir votos aos  parlamentares adeptos à causa dos bombeiros e policiais. Agora,  inadvertidamente, corre da raia. 
Não  há necessidade de dizer a origem dos recursos para complementar os  salários dos bombeiros e policiais brasileiros. A própria redação final  do texto da PEC 300, modificada pelo senhor Cândido Vaccarezza (PT/SP),  nos relata que o recurso virá da criação de um fundo nacional que, após  estudos seríssimos, complementaria os salários nos estados que realmente  comprovassem a sua incapacidade momentânea de prover o piso salarial  dos renomados trabalhadores da segurança pública e, apenas por um  determinado período. Não seria algo eterno a ser arcado pela União. Mas  haveria em todos os estados federativos um único piso salarial nacional.
Deixando  de lado o esquecimento proposital por parte desses senhores  inescrupulosos, no que se refere a essa questão que eles estão  martelando nos canais corporativos de comunicação, posso sugerir, sem  necessidade, de onde poderão sair os recursos que faço questão de  relatar nas próximas linhas.
-  da redução da corrupção no Brasil. A FIESP registra quase 70 bilhões de  reais anuais furtados do cofre da viúva para pagar propina aos  corruptos que sangram as obras públicas brasileiras. Isso significa  cerca de 2,3% do produto interno Bruto (PIB).
-  da redução dos juros da dívida pública. Somente nesse primeiro semestre  o Brasil pagou R$ 119,47 bilhões, segundo números divulgados na última  sexta (29) pelo Banco Central. Para não usar de casuísmo, ao modo desses  políticos sem ética, esclareço que esse valor inclui união, estados e  municípios. Mas o ralo maior vem da União. dos quase R$ 120 bilhões de  despesas com juros de todo o setor público, R$ 100 bilhões referem-se à  dívida do governo federal. Dinheiro do contribuinte.
-  da paralisação de obras federais superfaturadas. Em 2010, o Tribunal de  Contas da União (TCU) parou 31 obras federais sob suspeita. Os valores  chegavam à vultosa soma de R$ 23 bilhões. Dinheiro do povo. Dinheiro do  vendedor de picolé mais próximo da sua casa. Dinheiro seu. 
-  da irrigação de dinheiro do contribuinte aos cofres privados através do  BNDES. Alguns dias atrás esse banco público entrou em ação para cobrir  uma megafusão entre a empresa Pão de Açucar e a transnacional Carrefour.  Se a operação tivesse sido finalizada, o BNDES enterraria R$ 4,5  bilhões nas mãos dos já trilionários donos dessas empresas. Quantas  vezes por ano isso acontece e ninguém faz nada?
Poderia  escrever um livro discriminando a fonte para resgatar um pingo de  dignidade aos nossos valorosos bombeiros e policiais do Brasil. Mas não é  o objetivo desse texto. O que tem que ficar bem claro é que o  governo federal através de seus articuladores do mal, pessoas  desprovidas de valores matizados nos corações dos brasileiros decentes,  vai agir com todo o seu mau-caratismo para descaracterizar essa  proposição que dará um mínimo de conforto aos trabalhadores da segurança  pública que batalham, dia após dia, pela paz social dos nossos  compatriotas. 
Bombeiros e policiais, preparem-se. Fomos moldados para a guerra e há uma grande luta pela frente. Dia  9 de agosto o nosso exército dos justos estará a postos em Brasília  para cravarmos a nossa espada na Câmara dos Deputados. Sem luta não há  vitória. Já estamos escrevendo com sangue as paginas de uma história de  correção de injustiças. Queremos a votação em segundo turno  da PEC 300 na Câmara. Do outro lado o inimigo: a choldra governamental e  o seu exército de sugadores do erário brasileiro.
Autor: Capitão Assumção 
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